Tuesday, October 03, 2006

Displays de Plasma


Displays de plasma são dispositivos baseados na tecnologia de painéis de plasma (PDP, Plasma Display Panel), que foi aprimorada na última década tendo em vista o mercado da televisão de alta definição (HDTV). Telas de plasma não são utilizadas atualmente em câmeras de vídeo, nestas somente são utilizadas telas dos tipos CRT e LCD. Displays de plasma são totalmente planos, possuem alta resolução, com excepcional reprodução de cores e são normalmente fabricados em proporções de tela diferentes das encontradas em CRTs, geralmente 16:9 (widescreen), proporção esta de imagem definida como padrão para HDTV. São também painéis finos, assim como os do tipo LCD, ocupando pouco espaço, uma vez que não é necessário nenhum volume atrás do mesmo, como nos aparelhos do tipo CRT (que precisam desse volume para os canhões de elétrons).

Displays de plasma utilizam substâncias gasosas (xenon e neon) contidas em células minúsculas, que agem como lâmpadas fluorescentes microscópicas, emitindo luz ao receberem energia elétrica. Cada célula é revestida em sua base interna por uma substância (fósforo) que emite luz ao ser estimulada por algum tipo de radiação, como o feixe de elétrons (no CRT) ou a radiação ultravioleta (como no célula de plasma). Esta radiação ultravioleta é liberada pelos gases contidos na célula quando os mesmos recebem eletricidade. Portanto, ao contrário do painel do tipo LCD para uso em displays, o painel de plasma emite luz própria e não necessita iluminação por trás(backlight).

As células em um display de plasma são arranjadas em uma matriz de milhares de pontos (uma tela com diagonal medindo 106 cm pode possuir 1 milhão de células). O fósforo que recobre internamente cada célula é colorido, em 3 tipos de cores, vermelho, verde e azul, as cores básicas do sistema RGB . Cada conjunto de 3 dessas células emtindo luzes em cores diferentes representa um pixel da imagem. Variando-se a intensidade da corrente elétrica aplicada a determinada célula varia-se também a intensidade do seu brilho; com isso é possível dosar a quantidade de luz emitida em cada uma das 3 células do pixel, obtendo-se com isso todas as cores necessárias para representar uma determinada imagem.

O microprocessador associado ao painel envia energia elétrica individualmente a cada célula, fazendo isto milhares de vezes por segundo, célula a célula para criar a imagem. Na realidade, o sinal de vídeo é decodificado pelo processador que 'desenha' as linhas sobre as células de maneira análoga à que acontece no CRT.

As células não necessariamente coincidem com os pixels a serem representados na imagem. E representar um pixel por várias células é melhor do que ter o tamanho da célula maior do que o do pixel - perde-se em resolução.

A Fujitsu foi a primeira empresa a comercializar telas de plasma em 1997, desenvolvidas utilizando tecnologia criada inicialmente pela IBM 25 anos antes.

Ao contrário dos displays LCD, que possuem ângulo de visão inferior ao dos CRT, os displays de plasma possuem ângulo de visão ainda maior do que o dos CRTs (160 graus). Um dos motivos é devido ao fato de cada célula ser iluminada individualmente (no LCD existe uma iluminação geral traseira). Este fato também confere grande brilho à imagem e facilita a confecção de telas planas com dimensões maiores do que as de LCD. Quanto à qualidade da imagem, a mesma fica bem próxima à dos melhores aparelhos do tipo CRT.
Na Pratica
Plasma é o estado da matéria onde átomos são ionizados quando acrescentamos energia, o monitor de plasma é uma superfície plana e leve, coberta com milhões de pequeninas bolhas de vidro. Cada bolha contém uma substância tipo gás, o plasma, que tem uma camada de fósforo. Pense nessas bolhas como PIXELS. Agora, pense em cada pixel-bolha como tendo três sub-pixels - 1 vermelho, 1 verde e 1 azul. Então, quando é necessário mostrar um sinal de imagem (RGB ou Vídeo), uma corrente elétrica controlada digitalmente flui através da tela plana, fazendo com que o plasma (a substância tipo gás) designe bolhas para expulsar os raios ultravioletas. A luz causada por esta reação age na camada de fósforo fazendo com que esta brilhe na cor apropriada. Assim temos milhões de bolhas RGB que brilhando individualmente produzem uma bela imagem rica em cores.
Amor à primeira vista
À primeira vista, é o paraíso. Imagens fantásticas, cores vibrantes, linhas perfeitas. O que os atuais e futuros compradores não sabem é que, muitas vezes, a TV de plasma pode se transformar em uma dor de cabeça e nem sempre é o tipo mais indicado para o seu perfil. As reclamações sobre defeitos enchem os fóruns técnicos na Internet e as associações de defesa ao consumidor alertam para a falta de informação por parte de lojistas e fabricantes.

Alerta
As vantagens da TV de plasma são bem visíveis. Telas gigantes, design caprichado e cores vibrantes. As desvantagens, porém, dificilmente ficam à mostra e quase nunca são informadas corretamente pelos vendedores ou fabricantes. Quem compra uma TV de plasma, geralmente não fica sabendo de duas restrições técnicas e impeditivas que podem tirar toda a graça do aparelho e colocar em xeque o investimento.

Restrições técnicas
Primeiro: aquela imagem linda e perfeita que você vê nas lojas, não se repetirá em casa, a não ser em condições especiais. Segundo: se você acha que vai poder ficar grudado por horas a fio vendo TV, é bom procurar outra diversão. A depender do tipo de programa televisivo, filme ou jogo, a tela da TV de plasma pode ficar queimada (manchada) após horas seguidas com imagens paradas, ocasionando o chamado efeito de "burn-in" e marcando a tela de uma forma nada discreta.

Imagem perfeita? depende
Devido à própria tecnologia em si, a TV de plasma é moldada para exibir na tela o que tem de melhor somente quando o sinal é digital. No Brasil, os programas da TV nos canais abertos chegam em sinal analógico. Ao assistir aos canais abertos no aparelho de plasma, você verá riscados, granulados e uma imagem perceptivelmente inferior, às vezes pior do que na sua antiga TV comum de 20 polegadas. Para reverter o problema, a opção seria assistir a tudo com TV por assinatura (Sky, DirecTV etc.), mas, mesmo assim, não há garantia de que todos os canais sejam digitais. Nos filmes em DVD, que são digitais, não há problema e a imagem é verdadeiramente boa.

Dor de cabeça
O que está tirando os compradores do sério é o efeito de burn-in, quando uma imagem estática queima a tela e deixa uma mancha. Exemplo prático: um jogo de futebol com a logomarca do canal sendo exibida durante toda a partida, parada, sem mudar. Muitas vezes, após o jogo, é fácil perceber que aquele local ficou manchado.

Fique informado e cuidado com os vendedores
Levando em consideração que a TV de plasma é retangular (formato widescreen 16:9) e a maioria da programação é quadrada (formato padrão, 4:3) você irá ver duas tarjas pretas do lado da imagem. Essas tarjas, após mais ou menos duas horas, podem manchar a tela de forma definitiva. Para evitar isso, só existe uma solução: forçar a recepção para o formato widescreen, deformando a imagem e causando desconforto visual. A omissão da informação começa nas lojas. Ao pesquisar preços nas lojas, o acontecimento óbvio é ficar maravilhado com a imagem perfeita exibida. O problema começa quando o consumidor pede informações. Em geral, a loja repassa tudo de bom sobre o plasma, sem entrar em detalhes sobre os perigos de manchar a tela e a baixa qualidade da imagem ao assistir canais abertos.

A maioria dos vendedores sabe sequer explicar, concretamente, como ocorre a mancha e como ela pode ser evitada na prática. Em algumas situações, os lojistas explicam que os "modelos mais recentes não possuem esse problema de burn-in, porque a tecnologia é melhor". A verdade é que o problema existe, e é reconhecido oficialmente por todas as fabricantes de TVs de plasma e até hoje não existe solução total.

Algumas fabricantes das TVs garantem que os modelos novos não possuem o problema, por serem de nova geração, com recursos anti-burn in. No entanto, na garantia, não especificam. No manual, as informações também são superficiais.

De acordo com a gerente de produtos da LG, Fernanda Summa, alguns modelos novos possuem recursos para amenizar o burn-in. "O plasma tem uma restrição da própria tecnologia de não deixar uma imagem estática muito tempo na tela, como as tarjas pretas laterais", explica. Ela acha que "quem compra uma TV assim, tem que estar preparado para usar o formato widescreen, mesmo que deforme um pouco a qualidade da imagem nos canais abertos. Mas para filmes em DVD, a imagem fica perfeita", garante. O gerente de logística da Plasmashop, Thiago Sato, confirma que "infelizmente, todas as plasmas estão sujeitas e a maioria dos compradores não faz idéia dos problemas até que eles aconteçam.
Direito do consumidor
A advogada Maíra Feltrin, do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), explica que somente o fato de o consumidor não ser explicado corretamente sobre as restrições são suficientes para mover uma ação judicial. "As informações não devem constar somente no manual e a Justiça pode ser acionada contra a fabricante e contra a loja, a depender de cada caso", garante, apesar de realçar que, na prática, é uma situação bem difícil para o consumidor.

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